Poema para os Marambaios

Ao se falar do ilhéu da Marambaia!
Ali onde banha a laguna, na porta do mar…
O local que rege as práticas sociais e simbólicas,
encontra na água as artes artesanais.
E do “Bolinha”, aquele olhar.
de um carpinteiro do mar.
onde os mitos são arquétipos e ritos
sagrados e religiosos ou mesmo mitológicos
do viver do homem do mar
do pescador que tem na natureza
o vento, o sol, a água e tempo
como regente imprevisível, da luta da vida com o mar…

O Ilhéu

A Ilha dos Marinheiros faz parte de um símbolo polissêmico, que permeia a cultura do seu habitante. A ilha, como todo ambiente insular, reúne em seu contexto a realidade da água e da terra. Reúne ainda, a imagem do mar, arquétipos coletivos que caracterizam ações religiosas, sociais, e com uma dimensão histórica, temporal e espacial que fundamentam as noções do “A ilha é um “mundo em miniatura”(…), uma imagem completa e perfeita do cosmo, pois apresenta um valor sacro concentrado.” (Diegues.27. 1998)., e que compõem a estrutura do seu habitante nativo.

O Ilhéu

A fantástica história do pescador lavrador da Ilha dos Marinheiros, começa a ganhar forma e contornos, fruto da pesquisa e do trabalho de campo.
Quem é este ilhéu?
Apaixonante o estudo sobre as comunidades religiosas, sobre os mitos e as lendas, que trazem e colocam em relevo através dos labirintos da Marambaia, das taquaras do Porto Rei e escondidas pelas macegas dos Fundos da Ilha, um povo, uma cultura, um homem religioso que vive entre o mar e a terra e que se rege pelo tempo ciclico dos ventos e da natureza.